Revisto por Drª Ana Torre
Revisto por Drª Ana Torre Desenvolvido por Teresa Santos
18 Nov, 2020 - 16:15

Sintomas da COVID-19: os mais frequentes e os menos comuns

Revisto por Drª Ana Torre Desenvolvido por Teresa Santos

Os sintomas da COVID-19 podem variar bastante, havendo alguns mais comuns do que outros. Fique a conhecê-los a todos.

Sintomas da COVID-19: mulher com máscara

Desde que o novo coronavírus se começou a propagar que muitas pessoas compararam os seus efeitos aos de uma gripe sazonal. Tosse, dores musculares e febre pareciam ser os principais pontos em comum.

Porém, estes não são os únicos sintomas da COVID-19 e, à medida que se sabe mais sobre esta doença e ela infeta mais pessoas, novas descrições dos sintomas da COVID-19 começam a surgir.

Os sintomas da COVID-19 que precisa DE conhecer

Sintomas da COVID-19: mulher com febre
1.

Sintomas mais frequentes

No site do Serviço Nacional de Saúde é possível ler-se que os sintomas mais frequentes associados à infeção pela COVID-19 são (1):

  • Febre (igual e acima dos 38ºC), sem outra causa atribuível
  • Tosse ou agravamento da tosse habitual, podendo estar associada a dores de cabeça ou a dores generalizadas do corpo
  • Dificuldade respiratória/dispneia, sem outra causa atribuível
  • Perda total ou parcial do olfato (anosmia), enfraquecimento do paladar (ageusia) ou perturbação ou diminuição do paladar (disgeusia) de início súbito.

Já a Organização Mundial de Saúde destaca como sintomas mais comuns desta doença (2):

  • Febre
  • Tosse seca
  • Fadiga

Neste momento, deve contactar a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) sempre que tenha pelo menos um sintoma frequente associado à COVID-19 ou sempre que tenha estado com alguém infetado com o novo coronavírus (e sem cumprir as medidas de prevenção do contágio como o uso de máscara ou o respeito pelo distanciamento físico), independentemente de ter ou não sintomas.

Mulher com gripe em casa
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2.

Sintomas menos frequentes

Num artigo publicado pelo New England Journal of Medicine no passado mês, médicos franceses descreveram a associação da doença com encefalopatia, agitação, confusão e sinais do trato corticoespinal com impacto na resposta motora (5).

Apesar da relação de causalidade não ter sido estabelecida, doentes com formas mais graves de infeção por COVID-19 têm apresentado ou evoluído com doença cardíaca, lesão hepática aguda, problemas gastrointestinais, manifestações cutâneas, lesões neurológicas entre outros.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos, doentes infetados por COVID-19 têm sido admitidos com lesão renal aguda, apresentando distúrbios endócrinos (como problemas de controle da glicemia), problemas de coagulação e formação de trombos, que uma vez em circulação poderão provocar enfartes cardíacos ou cerebrais (6). No entanto, não está claro se esses quadros são causados pelo vírus ou ocorrem simplesmente pela gravidade da condição dos doentes.

O aumento da noção de que as manifestações da COVID-19 são variáveis parece ser evidente dentro da comunidade médica que procura explicação para sintomas à partida inesperados.

Esta doença pode ser muito mais do que uma doença respiratória e os médicos reconhecem que o vírus tem a capacidade de atacar quase todos os órgãos do corpo, em doentes com ou sem existência de sintomas respiratórios (3).

Para a Organização Mundial de Saúde, são considerados sintomas menos comuns de COVID-19 manifestações como (2):

3

Sintomas graves

Em algumas pessoas, a COVID-19 pode evoluir para quadros mais severos, geralmente caraterizados por uma pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos. Em certos casos, esta situação pode mesmo conduzir à morte (1).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os principais sintomas de doença grave são (2):

  • Falta de ar
  • Perda de apetite
  • Confusão
  • Dor persistente ou pressão na região do peito
  • Temperatura elevada (acima dos 38ºC)
Mulher em casa com suspeita de COVID-19
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O caso dos doentes assintomáticos

Familiar em casa com Covid-19: desinfetar as mãos

Convém, ainda, recordar que há doentes com COVID-19, que não têm quaisquer sintomas da infeção. Porém, estes pacientes são capazes de transmitir o vírus da mesma maneira que os doentes com sintomatologia associada. Daí que, mesmo estes indivíduos, devam respeitar as medida de prevenção do contágio, cumprindo nomeadamente o isolamento profilático e a etiqueta respiratória.

Como muitas destas pessoas podem nem sequer saber que estão infetadas, pois não há quaisquer sinais que o evidenciem, o ideal é que todos nos comportemos como potenciais infetados, de maneira a ter um comportamento e uma postura mais cautelosa e preventiva, de maneira a evitar ao máximo a propagação do novo coronavírus.

Medidas de prevenção do contágio pela COVID-19

Parasitas intestinais: sintomas, prevenção e tratamento

Sem vacina, nem fármacos específicos para combater esta doença, evitar a transmissão do vírus é a nossa principal forma de defesa. O Serviço Nacional de Saúde e a Direção-Geral da Saúde têm recomendado algumas medidas de prevenção do contágio essenciais, nomeadamente (4):

  1. Manter um distanciamento físico de pelo menos 2 metros relativamente às outras pessoas.
  2. Usar equipamento de proteção individual adequado à pessoa e à situação, nomeadamente máscara.
  3. Lavar, regular e corretamente, as mãos com água e sabão ou, quando não for possível, desinfetar com uma solução de álcool gel.
  4. Respeitar a etiqueta respiratória, espirrando ou tossindo para a dobra interna do cotovelo ou para um lenço de papel que deve descartar de imediato.
  5. Instalar e usar a app StayAway COVID.
  6. Estar atento a todos os sintomas suspeitos de infeção pelo novo coronavírus.
  7. Desinfetar regularmente as superfícies e lavar frequentemente a roupa.
como desinfetar superfícies: mulher a limpar puxador de porta
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Conclusão

Sendo um vírus e uma doença novos, ainda há muitas coisas que a ciência desconhece em relação ao novo coronavírus. Certamente que os sintomas da COVID-19 são um item sobre o qual ainda há mais para saber, embora já se tenha conseguido definir quais os seus sintomas mais prevalentes.

Neste momento, é importante reforçar a ideia de que, atualmente, para ser considerado um caso suspeito de infeção pelo novo coronavírus, basta manifestar um dos sintomas frequentes associados à COVID-19 e/ou ter estado em contacto próximo e sem proteção com uma pessoa infetada com o novo coronavírus.

Assim, é fundamental estar atento aos sinais do seu corpo e, na presença de alguns dos sintomas descritos ao longo deste artigo, deve isolar-se e entrar de imediato em contacto com a Linha SNS 24 (808 24 24 24).

Fontes

  1. Serviço Nacional de Saúde. Covid-19. Disponível em: https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/covid-19/#sec-4
  2. World Health Organization. Q&A on coronaviruses (COVID-19). Disponível em: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses
  3. Helms, Julie et all: Neurologic Features in Severe SARS-CoV-2 Infection, N Engl J Med. 2020 Apr 15. Disponível em:  https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc2008597
  4. Serviço Nacional de Saúde. Prevenção. Disponível em: https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/covid-19/prevencao/
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A não esquecer

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