Sabe que fazer quando tem uma crise de ansiedade? Então, descubra.
Foi a correr ao seu médico no momento em que sentiu, de forma súbita: tonturas, falta de ar, dor de cabeça, suores e palpitações. Após a realização de um exame médico cuidado, o seu médico disse-lhe que o seu exame físico estava normal e que a origem dos sintomas era ansiosa?
Pois bem, de facto, a ansiedade é um problema psicológico que também se manifesta através de sintomas físicos, que podem ser muito intensos e incapacitantes.
A ansiedade faz parte da vida de todos nós
De forma isolada, a ansiedade não representa um problema grave. Todos vivemos episódios e experiências mais ou menos stressantes e, em alguns momentos, todos nos sentimos mais inseguros ou preocupados. É saudável sentir ansiedade e este sentimento pode, por vezes, proteger-nos do perigo.
O problema está, como em quase tudo na vida, no excesso. O excesso de ansiedade é patológico e problemático porque interfere com a nossa forma de pensar, de sentir e de interpretar o mundo que nos rodeia.
Podemos definir a ansiedade patológica como um estado duradouro de ameaça ou apreensão que envolve medo, mas também a crença de que certas coisas ou situações são incontroláveis ou incertas. Interfere no nosso dia-a-dia, no nosso bem-estar, nas relações pessoais e no desempenho académico e profissional.
Uma crise de ansiedade ou de pânico tem lugar quando a ansiedade e o medo surgem de forma súbita, intensa e totalmente inesperada, acompanhados de sensações corporais como falta de ar, tonturas, palpitações, tremores, suores e náuseas. Mais ainda, no decorrer de uma crise de ansiedade, é feita uma interpretação catastrófica destas sensações físicas (por exemplo, “vou desmaiar” ou “não consigo respirar”).
O que fazer quando tem uma crise de ansiedade?
Perante uma crise de ansiedade deve procurar ajuda médica que possa, após feito o despiste de possíveis condições de saúde que justifiquem os sintomas, encaminhar para um profissional na área da saúde mental.
Os ataques e a perturbação de pânico devem ser deve ser objeto de um tratamento medicamentoso e psicoterapêutico, cuja eficácia tem sido inequivocamente demonstrada cientificamente. Para além da ajuda especializada, há alguns hábitos de vida que podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade, bem como alguns comportamentos que importa adotar na presença de uma crise de ansiedade.
5 dicas para lidar com uma crise de ansiedade
- Lembre-se que apesar das sensações e dos sintomas da crise de ansiedade serem assustadores, não são perigosos.
- Tente compreender que aquilo que sente é apenas uma forma exagerada do seu corpo reagir perante a ansiedade.
- Afaste os pensamentos catastróficos do tipo: “e se eu desmaiar?” ou “e se eu perder o controlo?” Foque-se no presente e no realmente está a acontecer e não no que pode vir a acontecer.
- Tente abstrair-se daquilo que está a sentir e naquilo em que está a pensar. Pense em algo diferente, observe o que vê em seu redor, conte uma história ou tente imaginar um cenário que lhe transmita calma e segurança.
- Controle a respiração, de forma a restabelecer os níveis de dióxido de carbono e de oxigénio e notará uma imediata diminuição das sensações corporais adversas. Controle a respiração numa posição que lhe seja confortável (sentado ou deitado). Inspire e expire de forma lenta e profunda, controlando a frequência respiratória.
5 hábitos de vida que deve pôr em prática desde já
- Pratique exercício físico: a prática regular de exercício físico ajuda a aliviar os sintomas depressivos e baixar os níveis de irritabilidade e ansiedade.
- Ponha em prática exercícios de respiração e relaxamento: ajudam a dormir melhor, bem como a diminuir a tensão arterial, o batimento cardíaco, os níveis de cortisol e o cansaço.
- Não se esqueça de ter na agenda atividades prazerosas: cuide de si.
- Alimente-se de forma saudável e durma bem.
- Faça uma boa gestão e organização do seu tempo: organize-se e estabeleça prioridades.