Share the post "Qual deve ser o ganho de peso no segundo trimestre da Gravidez?"
O aumento de peso varia de mulher para mulher e de gravidez para gravidez, sendo um processo natural e desejável para possibilitar o crescimento do bebé, da placenta e ao aumento da produção de líquido amniótico.
No entanto, este aumento de peso na gravidez deve ser controlado de modo a não ultrapassar nem ficar aquém das recomendações. Neste artigo, iremos abordar, de forma mais específica, o ganho de peso no segundo trimestre da gravidez.
Evolução ponderal na gravidez: como deve ser?
![Ganho de peso no segundo trimestre da gravidez e aumento de peso na gravidez](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/850_400_pregnant-woman_15167217371.jpg)
A gravidez é uma fase em que as necessidades energéticas e nutricionais da mulher estão aumentadas, de modo a permitir um desenvolvimento adequado do bebé e a assegurar a manutenção de um estado de saúde por parte da mulher.
O ganho de peso recomendado para a gestação varia de mulher para mulher e está dependente, entre outros fatores, do Índice de Massa Corporal (IMC) da mulher antes de engravidar.
Efetivamente, e de acordo com uma tabela publicada em 2009 pelo Institute of Medicine, se a mulher for normoponderal antes de engravidar, isto é, se o seu IMC se situar entre os 18,5 kg/m2 e os 24,9 kg/m2, é recomendado um ganho de peso total entre os 11,5 kg e os 16 kg, sendo o mais aconselhado cerca de 12 Kg.
No caso da mulher com baixo peso (IMC inferior a 18,5 kg/m2) o aumento de peso poderá ascender aos 18 Kg, enquanto no caso da mulher com excesso de peso (IMC superior a 25 kg/m2), este aumento não deverá ultrapassar os 11 Kg.
Todos os valores referidos anteriormente sofrem alterações caso seja uma gravidez de gémeos.
Consequências da má evolução ponderal na gravidez
![diabetes gestacional](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/diabetes-na-gravidez.jpg)
Além das recomendações já mencionadas, é importante que o aumento de peso seja gradual, controlado e adaptado às características e exigências de cada fase da gravidez, visto que um ganho de peso excessivo pode desencadear complicações tanto para a mãe como para a criança.
No caso da mulher grávida salientam-se a diabetes gestacional e a hipertensão arterial, enquanto no caso do bebé, aumenta a probabilidade de excesso de peso / obesidade na infância e posterior idade adulta, assim como todos os problemas de saúde inerentes a esta condição.
Por outro lado, também o ganho de peso aquém do recomendado pode colocar em risco o desenvolvimento do bebe e aumentar a probabilidade de um parto prematuro.
Neste sentido, e sempre que possível, a evolução ponderal da grávida, assim como o correspondente desenvolvimento do bebé, devem ser alvo de vigilância regular por parte do médico e nutricionista que a acompanham.
Ganho de peso no segundo trimestre da gravidez: recomendações
![gravida a verificar o seu peso](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_ganho-de-peso-no-primeiro-trimestre-de-gravidez-e-gravida-na-balanca_1516895594.jpg1.jpg)
No início da gestação, o aumento de peso concentra-se sobretudo na mãe, devido à retenção de líquidos, ao aumento do tecido mamário e uterino e ao aumento da produção de sangue com vista a fornecer nutrientes ao feto.
No caso do segundo trimestre, o desenvolvimento do bebé já contribui de forma mais significativa para o aumento de peso da grávida.
De facto, para esta fase da gravidez, preconiza-se um aumento da ingestão energética em cerca de 340 kcal, além das cerca de 2000 kcal médias recomendadas diariamente, valor este que pode sofrer oscilações de mulher para mulher.
Neste contexto, o ganho de peso no segundo trimestre deverá corresponder a cerca de 0,4 kg/semana, não devendo ultrapassar os 4-5 Kg, o que significa que o aumento da ingestão alimentar, ao contrário do que se possa pensar, não deve ser muito acentuado.
Ingestão proteica no segundo trimestre
![diversidade de proteina](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_selection-of-protein-sources-in-kitchen-background_1517410885.jpg.jpg)
Além do ganho de peso no segundo trimestre já mencionado e do aumento da ingestão energética, também as necessidades proteicas estão aumentadas nesta fase, dada a importância da proteína para a formação da placenta, crescimento dos tecidos uterinos e desenvolvimento e crescimento do próprio bebé.
Nesse sentido, o aumento da ingestão energética deverá estar interligada com o aumento da ingestão de alimentos ricos em proteína, como carnes magras, peixe, ovos e lacticínios magros.
Posto isto, importa referir que a prática de uma alimentação saudável e equilibrada e a não cedência, de forma constante, aos tradicionais “desejos alimentares” que tendem a surgir nesta fase, aliada à prática de algum exercício físico para combater o sedentarismo, são essenciais para que não haja um aumento de peso excessivo durante esta fase.