Share the post "Corticoides: que são, porque são usados e efeitos secundários"
Os corticoides são análogos sintéticos do cortisol produzido de forma natural pelas glândulas suprarrenais, sendo a prednisona e a prednisolona os medicamentos mais frequentemente utilizados.
Os efeitos que estes fármacos exercem, são inúmeros. Além de diminuírem a imunidade, visto tratarem-se de imunossupressores em doses altas, e serem potentes anti-inflamatórios, os corticoides estão também envolvidos em muitos outros processos de regulação do nosso organismo como, por exemplo, na função do coração e dos vasos, nas respostas ao stress, no metabolismo das gorduras, dos açúcares e da água, e na regulação da pressão sanguínea, entre outros.
Além disso, devido à sua forte ação anti-inflamatória os corticoides são igualmente muito utilizados no tratamento de reações alérgicas, artrite reumatóide ou lúpus, por exemplo.
Diferentes tipos de corticoides
![corticóides spray nasal](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_woman-using-nasal-drops_1490614673.jpg)
Existem vários tipos de corticoides, que são utilizados de acordo com o problema do paciente e que incluem:
- Corticoides tópicos: são cremes e loções utilizados para tratar reações alérgicas ou doenças na pele, como urticária ou eczema;
- Corticoides nasais: são sprays usados no tratamento de asma, rinite alérgica e outras alergias respiratórias;
- Corticoides orais: comprimidos utilizados no tratamento de doenças crónicas inflamatórias, como bronquite, hepatite, doença de Crohn ou artrite, por exemplo;
- Corticoides injetáveis: prescritos pelo médico para tratar problemas crónicos como lúpus ou artrite reumatóide.
Quando se deve utilizar os corticoides?
![artrite reumatóide e corticóides](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_hand-of-woman-deformed-from-rheumatoid-arthritis_1490614243.jpg.jpg)
Os corticoides são habitualmente introduzidos numa fase inicial, quando a doença se encontra muito ativa e o tratamento modificador da doença, introduzido recentemente, ainda não está a actuar adequadamente.
Estes tratamentos, como a própria designação sugere, são tratamentos que controlam a doença a longo prazo, mas necessitam, em média, de aproximadamente três meses, para começarem a fazer efeito.
Estes são alguns dos problemas de saúde que podem ser tratados:
- Asma;
- Esclerose múltipla;
- Alergias, principalmente anafilaxias;
- Hepatite autoimune;
- Herpes Zoster;
- Lúpus;
- Artrite reumatóide;
- Leucemias e linfomas;
- Mieloma múltiplo;
- Edema cerebral;
- Paralisia facial de Bell;
- Gota;
- Sarcoidose;
- Rinite alérgica;
- Vitiligo;
- Psoríase;
- Granulomatose de Wegener;
- Doença inflamatória intestinal;
- Miastenia Gravis;
- Vasculites;
- Doença de Addison (insuficiência adrenal);
- Glomerulonefrites;
- Doenças de pele de origem inflamatória ou autoimune;
- Síndrome de Sjögren;
- Transplante de órgãos;
- Urticária.
Corticoides: quais os efeitos secundários?
![cansaço e corticóides](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_cansaco_1490614399.jpg)
O grande problema relacionado com o uso deste medicamento prende-se com os numerosos efeitos secundários que lhes estão associados, mais comuns em casos de uso prolongado e incluem:
- Cansaço;
- Aumento dos níveis de açúcar no sangue;
- Diminuição das defesas corporais, agitação, insónia, dor de cabeça ou glaucoma;
- Aumento de peso quando utilizados em excesso pois facilitam a acumulação de gordura abdominal.
Desta forma, os corticoides devem ser utilizados de forma cautelosa e bem ponderada, tendo sempre em linha de conta a relação risco/benefício.
Como parar o tratamento com corticoides?
Quem toma este tipo de medicação deverá ainda saber que não deve interromper a terapêutica de forma súbita, pois se o fizer, estará a correr sérios riscos.
A paragem deverá ser feita de forma progressiva para que o corpo se readapte à nova situação.
Além disso, a interrupção súbita pode condicionar uma crise grave, um quadro de pseudo-tumor cerebral ou de insuficiência supra-renal, que, se não forem corretamente corrigidos, poderão causar a morte.
Por outro lado, em situações de stress (por exemplo num caso de cirurgia ou de traumatismo) a dose deve ser aumentada. Se tiver em linha de conta alguns dos conselhos adicionais, conseguirá contribuir para a redução de alguns efeitos secundários dos corticoides.