Isabel Coimbra
Isabel Coimbra
29 Mai, 2015 - 08:48

Efeitos colaterais da pílula

Isabel Coimbra

A pílula anticoncecional mudou a vida de milhões de mulheres por todo o mundo. Contudo, há alguns riscos que deve conhecer.

Efeitos colaterais da pílula

A pílula anticoncecional, desde que tomada corretamente, é muito eficaz para evitar uma gravidez não desejada. A pílula é um comprimido seguro que serve não só para prevenir a gravidez, regular o ciclo menstrual, como também para prevenir e tratar vários problemas de saúde. Porém, como acontece com qualquer medicamento, tem também efeitos secundários e riscos associados. É importante que seja acompanhada pela sua médica de família ou ginecologista e que faça, anualmente, exames ginecológicos para ter a sua saúde vigiada.

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4 Efeitos colaterais da pílula


Desde que a pílula apareceu, em 1960, que as doses de progestina e estrogênio têm diminuído progressivamente, reduzindo os efeitos secundários relacionados com a toma da pílula. Ainda assim, é importante que esteja atenta a alguns sinais.

1. Perdas de sangue
 

Fora do período menstrual, podem ocorrer perdas de sangue por duas razões. Nos primeiros meses em que começa a tomar a pílula, é possível que, pela fragilidade do útero, ocorra perda de sangue. Isto acontece com pílulas com pouco estrogénio. A outra razão está relacionada com a forma errada como toma a pílula, ou seja, se falhar a toma um ou mais dias, ainda que não sejam consecutivos, pode ter perdas. A primeira não interfere na eficácia da pílula, a segunda sim.

2. Amenorreia
 

Por outras palavras: ausência de menstruação. Se tomar a pílula de forma contínua, sem fazer o intervalo de uma semana, é natural que não tenha período menstrual. Contudo, se toma uma pílula que faz uma pausa e durante esse período não menstrua, deve falar com o seu médico. Isto pode estar relacionado com a dose de estrogénio que alterando para uma pílula com dose mais alta deve resolver. 

3. Trombose
 

A relação da trombose à toma da pílula é antiga, porém, as sucessivas reduções da dose de estrogénio tem ajudada a diminuir as complicações mas o risco ainda se mantém. Ainda assim, não vale a pena assustar-se, a probabilidade de uma mulher saudável sofrer uma trombose enquanto toma a pílula é de 10 casos em 10.000 e ocorre, regra geral, no primeiro ano de toma.

No entanto, alguns fatores podem potenciar estes riscos, como: 

•    Fumar

•    Obesidade

•    Mais de 39 anos

•    Cirurgias

•    Episódios trombóticos anteriores

•    Histórico familiar de doenças que interfiram na coagulação, como trombofilias.
 

4. Doenças Cardiovasculares
 

Nos primeiros anos, a pílula estava associada a enfartes e AVC porque, de facto, ocorreu um aumento de problemas cardiovasculares, fruto das doses elevadas de hormonas presentes nas primeiras pílulas. A redução do estrogénio tornou as pílulas cada vez mais seguras. Tanto que os casos de enfartes nas mulheres são muito raros.

Apesar de ter alguns riscos associados, como qualquer outro medicamento, a pílula é cada vez mais segura e, inclusive, tem vários benefícios, nomeadamente:

•    Previne a anemia

•    Previne a endometriose

•    Previne tumores e cancro

•    Trata a acne

•    Reduz o excesso de pelos 

•    Reduz as dores menstruais

•    Regula o período menstrual


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