A placenta é um órgão materno-fetal, responsável pelas trocas entre as circulações sanguíneas materna e fetal e que segrega hormonas vitais à manutenção e evolução da gestação.
Falamos de placenta acreta quando a placenta tem uma aderência anormal, estendendo-se até à decídua ou parede uterina. No entanto, a sua funcionalidade é normal.
Neste caso, a expulsão da placenta é mais demorada e há um grande risco de hemorragia e infecção.
O que é a placenta acreta?
Na placenta acreta, as vilosidades da placenta não estão contidas, como em geral ocorre, mas estendidas para o miométrio. As suas variantes são:
- Placenta increta: quando penetra mais profundamente no útero atingindo o miométrio;
- placenta percreta: quando ultrapassa o miométrio atingindo a serosa uterina.
Quais são os fatores de risco da placenta acreta?

O principal fator de risco para a placenta acreta é a existência de parto anterior por cesariana. O risco é maior, quantos mais partos por cesariana a mulher tiver.
Existem também outros fatores de risco:
- Parto por cesariana anterior;
- Existência de placenta prévia;
- Idade materna superior a 35 anos;
- Múltiplas gestações anteriores;
- Miomas uterinos;
- Cirurgia uterina prévia, incluindo remoção de miomas;
- Distúrbios do revestimento do útero, como síndrome de Asherman.
Em suma
O correto posicionamento da placenta é essencial para a evolução adequada da gestação. No caso da placenta acreta, a placenta está anormalmente fixa, atingindo a parede uterina. Esta situação, se não for devidamente identificada, pode ter algumas consequências, como a hemorragia abundante, pelo que é importante o acompanhamento médico durante toda a gravidez e parto.