Segundo um novo estudo elaborado em Singapura, e citado pelo jornal britânico Telegraph, o SARS-COV-2, o vírus que dá origem à doença COVID-19 pode permanecer em alimentos congelados durante até três semanas.
Os dados apurados revelam, assim, que o vírus tem capacidade de resistir a temperaturas negativas, o que pode ajudar a explicar o aparecimento de surtos onde a situação estava dada como controlada, como aconteceu no Vietnam, na Nova Zelândia e em algumas províncias da China.
Para chegar a esta conclusão, os investigadores colocaram amostras do coronavírus em pedaços de salmão, de carne de frango e de porco e congelaram a carne. Os alimentos foram mantidos à temperatura a que seriam submetidos em caso de importação ou exportação, isto é, entre os 4 e os 20 graus negativos. Ao fim de três semanas, as análises indicaram que o vírus não só podia ser identificado nos alimentos congelados, como estava ativo, logo, mantinha a capacidade de se propagar e contaminar humanos.
“Embora se possa argumentar com segurança que a transmissão por meio de alimentos contaminados não é uma rota de infeção importante, o potencial de movimento de produtos contaminados para uma região sem COVID-19 iniciar um surto é uma hipótese importante”, destacam os investigadores.
- Artigo Telegraph. Disponível em: https://www.telegraph.co.uk/news/2020/08/22/covid-19-can-survive-frozen-meat-fish-three-weeks-study-finds/