Psicóloga Ana Graça
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28 Mar, 2023 - 15:04

6 conselhos que qualquer pai deve dar a um filho

Psicóloga Ana Graça

Estarei a educar bem? Cumpro bem o meu papel de pai? Quais conselhos não posso deixar de dar ao meu filho? Eis 6 fundamentais.

Conselhos que qualquer pai deve dar a um filho

A parentalidade não tem fórmulas mágicas, nem poções milagrosas. Da mesma forma que não há dois filhos iguais, também não há dois pais iguais, pelo que cada pai e cada mãe tenta exercer o seu papel da melhor forma – ou como consegue. Todavia, há algumas dicas que podem ajudar a desempenhar este exigente papel. Vamos conhecer 6 sugestões de conselhos que qualquer pai deve dar a um filho.

6 sugestões de conselhos que qualquer pai deve dar a um filho

É fundamental observar, ouvir e respeitar os filhos e os seus instintos, mais do que tentar a toda a força que sigam os exemplos e os conselhos parentais. Mais ainda, é importante que os conselhos que qualquer pai deve dar a um filho não sejam entendidos com tentativas de controlo.

Em suma, o aconchego e os conselhos parentais são fundamentais para o desenvolvimento de sucesso dos mais pequenos, desde que sejam transmitidos de forma positiva e não sejam impostos.

Eis 6 sugestões de conselhos que qualquer pai deve dar a um filho.

1

Desfruta do presente

Pensar em demasia acerca do passado ou viver em constante expectativa pelo futuro pode dar origem a sentimentos como stress, arrependimento, medo e frustração. As crianças (e também os adultos) sentir-se-ão mais saudáveis e felizes se aprenderem a manter o seu foco de atenção no presente.

E quando estamos saudáveis e felizes somos mais produtivos, temos melhores desempenhos, somos mais criativos e aprendemos mais rápido.

2

Relaxar também é importante

É comum notarmos as crianças cada vez mais ansiosas e preocupadas com o desempenho e os resultados escolares. Mais ainda, é comum as próprias crianças revelarem que se sentem pressionadas para tal.

É importante ter em conta que a forma como nós, pais e adultos, conduzimos as nossas vidas, passa uma mensagem às crianças e, com frequência, passamos a mensagem que o stress é inevitável para uma vida de sucesso.

É importante que os pais ensinem aos filhos as habilidades de que estes precisam para serem mais resistentes a eventos stressantes, da mesma forma que é importante que passem a mensagem que relaxar e ter momentos de lazer é igualmente fundamental.

Pai a conversar com filho adolescente
3

Diverte-te! A diversão é tão importante como tudo o resto

Muitas vezes, as agendas das crianças estão lotadas. Entre a escola, o centro de estudos e as atividades extra curriculares sobra pouco ou nenhum tempo livre. As crianças devem ser incentivadas a brincar ou simplesmente a não fazer nada.

É importante que as crianças tenham tempo de descanso, tempo para atividades mais relaxantes (por exemplo, passear o cão ou ler um livro) e tempo de lazer em família (por exemplo, passeios em família).

Naturalmente, os pais não devem privar os filhos das diversas oportunidades de aprendizagem que surgem, o importante é não os sobrecarregar.

4

Aceita as tuas derrotas e as tuas falhas, e aprende com elas

O nosso cérebro está programado para aprender coisas novas e nada melhor do que aprender com os próprios erros, logo desde cedo. É importante que os pais mostrem aos mais pequenos que é possível retirar ensinamentos da nossa experiência pessoal e que quando falham só precisam de criar uma nova hipótese para melhorar.

5

Cuida bem de ti

Os pais devem encorajar os filhos a cuidar de si mesmos. A aceitar os momentos de fracasso ou dor, aprender com eles e seguir em frente.

6

Sê empático para com os outros

É importante encorajar o instinto natural das crianças em preocuparem-se com os sentimentos das outras pessoas. É importante que as crianças aprendam a colocar-se no lugar dos outros, a valorizar a entre ajuda ao invés da competitividade.

Crianças resilientes
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Pais e filhos: quando é que a ajuda e proteção são exageradas?

Mãe a levar filhos à Escola

Amamos os nossos filhos. Queremos protegê-los de tudo e de todos. Queremos o melhor para eles e queremos a todo o custo evitar que cometam os mesmos erros que cometemos no passado. Por tudo isto, oferecemos-lhes toda a ajuda e conselhos que julgamos pertinentes, mesmo que, por vezes, não os peçam ou os rejeitem.

Apesar do enorme instinto protetor, sabemos que não é possível proteger os mais pequenos a todo o momento, de todos os perigos que o mundo oferece. Não podemos segui-los para todo o lado, nem podemos prever todos os solavancos que poderão surgir no seu caminho.

Por outro lado, é fundamental que os mais pequenos aprendam a cuidar de si mesmos e, para tal, é necessário que sejam capazes de tomar as suas próprias decisões, que aprendam a corrigir os seus erros e que aprendam a ser capazes de enfrentar variados perigos e deceções.

 Há também que ter em conta a tendência natural que todos temos para não apreciar conselhos não solicitados, na medida em que todos gostamos de cultivar a nossa autonomia, evitando o controlo por parte de terceiros. Ora, as crianças não são exceção.

Assim sendo, os pais têm a difícil tarefa de balancear a ajuda e a proteção que dão aos mais pequenos, evitando dar conselhos que estes não querem ou não precisam.

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