Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
12 Dez, 2022 - 01:04

Sintomas mais comuns da pré-menopausa

Catarina Milheiro

Sabe por que se caracteriza a pré-menopausa? Conheça alguns sintomas mais comuns nesta fase e saiba de que forma os pode minimizar.

Já ouviu falar da pré-menopausa, mas não sabe muito bem como se caracteriza? Trata-se da fase na vida da mulher onde acontece a transição do período reprodutivo para não reprodutivo.

Normalmente, a pré-menopausa inicia-se 10 anos antes da menopausa sendo mais comum por volta dos 45 anos de idade. No entanto, tudo depende do organismo de cada mulher, sendo que em alguns casos pode começar um pouco antes.

Este processo ocorre devido à diminuição progressiva na produção de hormonas sexuais femininas – que resulta em mudanças no corpo da mulher com sintomas bastante parecidos aos da menopausa.

Para que não fique com dúvidas, elaboramos um artigo sobre o tema. Fique connosco.

Tudo sobre a pré-menopausa

As alterações hormonais fazem com que vários sintomas da pré-menopausa afetem as mulheres durante esse período da vida e mudam quer aspetos físicos, como emocionais.

Para compreender melhor, a menopausa é normalmente dividida em 3 fases: a pré-menopausa, menopausa e o climatério. E é comum que ocorram entre os 45 e os 55 anos de idade. Para além disto, quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, é considerada precoce.

De uma forma geral, considera-se que a mulher entra na menopausa quando fica 12 meses sem menstruar. Mas vamos perceber o que acontece no período anterior ao da menopausa.

Por que motivo se dá a pré-menopausa?

Se se questiona por que motivo acontece a pré-menopausa, saiba que se deve à diminuição da produção de hormonas femininas.

No entanto, esta situação torna-se mais comum a partir dos 40 anos e, em alguns casos, existem situações que podem acelerar esta fase de forma a que a mulher apresente sintomas de pré-menopausa antes da idade comum. Falamos de antecedentes familiares, o tabagismo, tratamento para o cancro ou até a realização de uma cirurgia para retirar o útero ou os ovários.

Os principais sintomas da pré-menopausa

Para que não confunda a menopausa com a pré-menopausa, é crucial saber identificar alguns sintomas do período anterior à mesma. Sendo que os mais comuns são:

  • numa fase inicial, o ciclo menstrual reduz-se, passando habitualmente dos 28 dias para 26, por exemplo;
  • depois, o intervalo entre as menstruações começa a ser maior;
  • eventualmente, poderá ocorrer uma menstruação mais abundante do que o habitual;
  • irá sentir-se mais irritada com pequenas coisas;
  • poderá ter insónias;
  • diminuição do desejo sexual em alguns casos;
  • poderá existir uma redução da lubrificação vaginal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da pré-menopausa deve ser feito pelo seu ginecologista que irá avaliar os sinais e sintomas que apresenta. Para além disto, há também médicos que pedem a realização de análises ao sangue a fim de verificarem os níveis de FSH da mulher.

Quanto mais elevado estiver este valor, mais perto a mulher está da menopausa. Contudo, na maioria das vezes é possível perceber em conversa com o médico e relatando os seus sintomas, de que está na fase da pré-menopausa.

É possível aliviar os sintomas?

É importante referir que nem todas as mulheres apresentam todos os sintomas da mesma forma. Muitas vezes, algumas acabam por nem se aperceberem quase desta fase da pré-menopausa.

Por isso mesmo, o tratamento para o alívio dos sintomas nem sempre é necessário. No entanto, se a mulher sentir incomodada, poderá recorrer à toma de uma pílula anticoncecional combinada ou então por colocar o DIU para evitar a gravidez e regular a menstruação até que se instale a menopausa.

Além disto, existem alguns medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas. Se precisar mesmo de o fazer, converse com o seu médico e juntos, percebam qual o melhor tratamento para si.

A alimentação pode ajudar a melhorar o bem-estar nesta fase

A alimentação pode ajudar bastante na fase da pré-menopausa. Assim, recomendamos as seguintes dicas, que pode ver de seguida.

  • Água: para o bom funcionamento do organismo e da pele é essencial beber bastante água e manter-se hidratada.
  • Alimentos ricos em vitamina D: salmão, ovo, fígado de galinha ou até sardinhas são apenas alguns exemplos de fontes alimentares de vitamina D e ajudam a proteger os ossos.
  • Aumentar o consumo de soja: há vários médicos que afirmam que a soja pode aliviar os “afrontamentos” visto que os seus compostos têm um efeito no organismo semelhante ao dos estrogénios.
  • Alimentos ricos em cálcio: o estrogénio pode acelerar a decomposição óssea. Por isso mesmo é crucial ingerir alimentos como leite, iogurtes, tofu, feijão, ameixas secas ou brócolos, por exemplo.
  • Vegetais e frutas: algumas mulheres queixam-se do ganho de peso nesta fase. Assim, é importante aumentar o consumo de frutas e vegetais em detrimento de outras opções com maior nível de calorias.
  • Alimentos ricos em ferro: como a carne, ovos, cereais enriquecidos com ferro e leguminosas como as lentilhas, grão-de-bico, feijão, ervilhas ou favas, por exemplo.
  • Frutos secos: têm um alto teor de gordura que é essencial para o bom funcionamento do coração. Além disto, os amendoins, as nozes, os cajus ou as amêndoas podem ajudar bastante na saúde da sua pele.
  • Alimentos integrais: importantes para fornecerem energia e contribuem para a saúde intestinal.
  • Sementes de linhaça: são uma excelente fonte vegetal de ácidos gordos ómega-3. Para uma melhor absorção, devem ser consumidas moídas.
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