Share the post "Universidade do Porto cria robô para desinfetar ar e superfícies"
Chama-se RADAR e trata-se de um sistema robotizado para desinfeção de ar e de superfícies contaminadas com COVID-19. O Robô já foi testado com sucesso, no Hospital de São Martinho, em Valongo, tendo-se demonstrado uma eficácia de 99,9%.
O robô percorreu sozinho salas e corredores do bloco operatório do hospital, monitorizando a presença de pessoas no local. No teste, por razões de segurança, foram utilizadas lâmpadas fluorescentes, mas em condições reais o robô utilizará várias lâmpadas UVC (germicidas).
O robô começou a ser preparado em maio pelo Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS) do INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência), em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Participam ainda no projeto o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e o Hospital de São Martinho, em Valongo,
O projeto contou com um financiamento de 29 mil euros da Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do concurso Research 4 COVID-19.
Como pode um robô ser tão eficiente?
“O robô segue um circuito pré-mapeado, deslocando-se aos sítios que estão previamente definidos. Antes de ligar as lâmpadas ultravioletas, que vão permitir a desinfeção do espaço, o robô utiliza dois sensores para verificar se a divisão está vazia e emite um sinal sonoro. O procedimento é então iniciado e realizado de forma autónoma”, destaca António Paulo Moreira, coordenador do CRIIS/INESC TEC e professor na FEUP.
O aparelho possui uma interface gráfica que permite ver e alterar as rotas e a respetiva posição. Por sua vez, os sensores existentes, um de movimento e um de calor, param a desinfeção quando são detetadas pessoas e, nesse momento, a quantidade e potência das lâmpadas UVC são ajustáveis.
É isto que permite um alto grau de eficiência, de até 99,9%, o que permite prevenir e reduzir a transmissão de doenças infeciosas causadas por microrganismos.
Quando comparado com uma desinfeção convencional, o RADAR, apresenta várias vantagens:
- Permite reduzir a exposição das pessoas a produtos tóxicos e corrosivos
- Não deixa resíduos químicos
- Não precisa de tocar nos objetos para desinfetar
- Não acelera o processo de corrosão em metais
- Universidade do Porto, disponível em: https://noticias.up.pt/covid-19-robo-de-desinfecao-made-in-u-porto-testado-com-sucesso/