Enfermeira Bárbara Andrade
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31 Mar, 2023 - 07:37

5 mitos sobre o solário: tire as suas dúvidas

Enfermeira Bárbara Andrade

Não se deixe enganar pela promessa de um bronzeamento fácil e rápido. Por trás das idas ao solário há perigos a ter em conta.

Conheça todos os mitos sobre o solário e esclareça as suas dúvidas

Existe cada vez mais, uma maior procura pelo bronzeamento fácil através do solário, principalmente nos meses que antecedem o tempo de praia, mas há quem o utilize ao longo de todo o ano com o objetivo de manutenção do bronze, no entanto saiba que existem muitos mitos do solário que as pessoas têm em conta e que precisam de ser esclarecidos.

Nos dias de hoje ainda existe uma falta de consciência social, bem como de informação correta, verificando-se que as pessoas continuam em negação relativamente aos riscos associados do uso do solário.

Como funciona o solário?

O solário consiste numa câmara de bronzeamento, que pode estar colocada na vertical ou na horizontal, que possuem lâmpadas de irradiação de raios UBV ou UVA, que tentam imitar a radiação solar, promovendo um bronzeamento da pele, ao induzirem um aumento da produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, responsável pelo bronze da pele.

5 mitos do solário para serem esclarecidos

Antes de recorrer ao solário deve de se informar sobre todos os cuidados que deve de ter antes, durante e após a sessão, bem como as contraindicações existentes.

Tome uma decisão baseada nos conhecimentos científicos, e não nos mitos do solário que ouvimos frequentemente.

1.

O solário prepara a pele para o Verão

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a radiação ultra-violeta (UVA) que é utilizada no solário envelhece a pele, com consequente perda de elasticidade, aumentando o risco de cancro da pele e o aparecimento de rugas na pele.

Se quer fazer uma “preparação da pele” para o Verão deve iniciar uma exposição solar progressiva, começando por se expor em horas de menor intensidade de radiação UVA (período anterior às 11h e o período posterior às 16h00). Nunca se esqueça de colocar protetor solar previamente à exposição solar.

2.

Os solários tratam doenças de pele

Não se deve comparar a radiação emitida pelos aparelhos de solário com os equipamentos de fototerapia utilizados pelos dermatologias, uma vez que estes últimos emitem radiações com comprimentos de onda e intensidade muito específicos, bem como o tempo de exposição está definido, com o objetivo de tratar a pele afetada.

O solário afeta negativamente a pele, sendo uma forma de envelhecimento precoce da pele, para além disso, as radiações ultravioletas podem ainda ter efeitos agudos sobre os olhos, como por exemplo, causar a inflamação da conjuntiva e da córnea.

3.

O solário não provoca cancro da pele

Este é um dos maiores mitos do solário, uma vez que existem estudos que comprovam que o risco de cancro associado à exposição do solário é cerca de 6 vezes maior do que ao risco de cancro associado à exposição solar nas horas de maior radiação (das 11h às 16h00), no entanto depende também do tipo de pele da pessoa e até dos seus antecedentes familiares.

Fique com a noção de que, numa sessão de 15 a 30 minutos, a pele recebe a mesma quantidade de radiação ultravioleta perigosa que receberia se estivesse o dia inteiro na praia ao sol.

Os solários podem ser um motivo de preocupação em termos de saúde pública, principalmente nos casos dos frequentadores assíduos, pois somam a exposição solar natural à exposição artificial.

4.

O solário é bem tolerado por todas as pessoas

Atenção, este é outro dos mitos do solário comum, uma vez que se sabe que alguns medicamentos interagem com os raios ultravioleta, desencadeando reacções cutâneas graves, pelo que se toma fármacos como anti-depressivos, antibióticos ou anti-diabéticos, a sua pele pode adquirir uma maior fotossensibilidade, aumentando o risco de queimadura.

Para além da situação referida anteriormente, outras contra-indicações à utilização de solário são:

  • Grávidas, devido a uma possibilidade de alteração do ADN fetal;
  • Pessoas que padeçam de patologias como: lúpus eritematoso, herpes ou porfíria.
5.

Não há risco para pessoas morenas

Errado! Sabe-se que as pessoas de fotótipos baixos, com pele e olhos claros, sardas e cabelos loiros ou ruivos, encaram riscos acrescidos, no entanto, as pessoas morenas também estão sujeitas a todos os riscos associados ao solário, inclusivé ao risco de cancro de pele.

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