O melasma é uma doença de pele que se manifesta através de manchas castanhas ou castanho-acinzentadas que surgem, normalmente, na cara. Mas não se assuste: apesar de ser uma doença, é considerada benigna.
Contudo, por ser pouco estética e estar presente na face, o melasma pode causar baixa autoestima em algumas pessoas e interferir com a qualidade de vida.
Tratam-se de manchas mais frequentes em zonas como a testa, nas bochechas, por cima do lábio superior, no nariz e até no queixo. No entanto, e com muito menos frequência, podem também surgir noutros locais que apanhem muito sol – como os antebraços ou o pescoço, por exemplo.
Além disto, saiba que o melasma afeta sobretudo as mulheres, entre os 25 e os 40 anos. Por vezes, surge durante a gravidez e é conhecido por cloasma ou “pano”.
As pessoas que têm pele mais escura têm mais probabilidades de o ter e quem tem familiares com este tipo de manchas, também. É importante ainda referir que, apesar de ser mais comum nas mulheres, pode também aparecer nos homens.
Tudo sobre o melasma: respondemos às questões mais comuns
Provavelmente já ouviu falar em cloasma e neste momento deve estar a questionar-se sobre quais são então as diferenças entre o cloasma e o melasma. Para que não fique confuso, nós explicamos.
Tal como o melasma, o cloasma caracteriza-se pelo aparecimento de manchas escuras na pele (sobretudo na face). Contudo, o cloasma é uma situação exclusiva da gravidez, enquanto o melasma pode surgir em qualquer altura da vida – independentemente da gravidez.
Existem 3 tipos de melasma
Tudo depende da localização da melanina – o pigmento que dá cor à nossa pele – na mancha escurecida. Por isso mesmo, o melasma pode ser classificado em três tipos.
- Melasma epidérmico: quando a melanina se localiza na camada mais superficial da epiderme (pele). Normalmente as bordas são bem definidas e a cor aproxima-se é mais próxima de um castanho escuro. Este tipo de melasma responde mais rápido ao tratamento aplicado.
- Melasma dérmico: a mancha de melanina localiza-se na derme (ou pele). Por norma, neste tipo de melasma as bordas são mal definidas e a cor aproxima-se de um castanho-claro ou acinzentada. Quanto à resposta do tratamento, é geralmente mais lenta.
- Melasma misto: quando o depósito de melanina afeta tanto a derme como a epiderme. No fundo, é a combinação dos dois tipos anteriores, mas com características intermédias. Neste caso, para que seja possível distinguir o tipo de melasma, utiliza-se a dermatoscopia e a lâmpada de Wood.
Quais são os fatores de risco do melasma?
Ter um tom de pele mais escuro e ser mulher em idade reprodutiva, são dois fatores de risco altamente importantes para o aparecimento de melasmas. Para além destes, existem outros a considerar:
- gravidez (este é um período em que as alterações hormonais estimulam a atividade dos melanócitos);
- exposição a raios ultravioleta;
- predisposição genética;
- uso de anticoncecionais (devido à ação das hormonas);
- utilização de cosméticos que irritem constantemente a pele ou de medicação para o tratamento da epilepsia ou hipertensão.
O desenvolvimento do melasma, pode também estar relacionado com alterações hormonais como a diminuição dos níveis de testosterona nos homens e a mudança nos níveis de estrogénio nas mulheres. Estes fatores são normais à medida que os anos passam.
Como evitar?
A prevenção passa por utilizar um bom protetor solar ao longo de todo o ano. Mesmo que use habitualmente maquilhagem, deve sempre aplicar primeiro um protetor solar SPF 50+.
Desta forma, estará a usar uma espécie de um filtro solar que bloqueia não só os raios de sol, como também o calor e a luz. Por isso, deve utilizá-lo todos os dias, mesmo naqueles em que o sol não está presente.
Se ainda não tem este hábito e procura um bom protetor solar, opte por um sem oxibenzona – já que pode provocar reações alérgicas.
O uso de chapéu também passa por uma das formas de prevenção do melasma. Assim, sempre que estiver ao ar livre por períodos longos, opte por se proteger.
Atividades como o solário, por exemplo, são de evitar a todo o custo. Para além de poderem aumentar o risco de aparecimento de melasma, contribuem para o aparecimento de outras doenças graves: como melanoma, por exemplo.
Como é feito o tratamento?
O tratamento do melasma deve ser sempre orientado pelo dermatologista tendo em consideração as características das manchas, o local e a frequência. De uma forma geral, o objetivo é clareá-las e reduzir a produção de melanina.
Contudo, os tratamentos podem incluir:
- medicamentos orais;
- despigmentantes tópicos, em creme ou pomada;
- peelings químicos, como ácido glicólico, o ácido tricloroacético ou o ácido salicílico;
- tratamentos com laser.
Tudo depende da orientação que o dermatologista der. No entanto, a verdade é que várias pessoas podem melhorar bastante ou conseguirem até eliminar o melasma.
Apesar de poderem ser longos meses de tratamento para conseguir alcançar os resultados, há que utilizar sempre o protetor solar e se necessário, fazer tratamento de manutenção.