Ivan Romero
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29 Dez, 2016 - 15:29

Fadiga muscular e recuperação: o que fazer?

Ivan Romero

A fadiga muscular e a recuperação são temas sensíveis para quem tem uma prática regular de exercício. Saiba o que pode fazer para evitar lesões.

Fadiga muscular e recuperação: o que fazer?

A ânsia de querer atingir objetivos físicos com excesso de treinos, sobrecargas indevidas, uma dieta menos própria e com pouco descanso pode limitar os resultados e atrasar a própria progressão.  Para superar a fadiga muscular, a recuperação e repouso devem ser parte integrante de qualquer programa de treino.

Na verdade, o planeamento dos períodos de recuperação é tão ou mais importante que o treino em si. 

Fadiga Muscular e Recuperação: O que fazer?

fadiga muscular hidratacao

Sendo a recuperação um momento tão essencial num programa de treino, deixamos algumas formas para conseguir um período de repouso mais eficiente e evitar a fadiga muscular:

1. Fadiga Muscular e Recuperação: Planear dias de repouso total e treinos de recuperação

Planear períodos de repouso total, intervalos maiores entre treinos e treinos de recuperação é essencial, como já vimos, para evitar a sobrecarga de treino que origina a fadiga muscular.

Por vezes é importante deixar os músculos descansarem durante pelo menos 2 dias.

Está também comprovado que uma recuperação ativa caracterizada por treinos ligeiros, pilates, alongamentos ou corridas moderadas permitem uma recuperação mais eficiente.

2. Fadiga Muscular e Recuperação: Dormir

Noites mal dormidas, insónias e ciclos de sono deficitários são facilitadores de fadiga muscular e possíveis lesões. É essencial ter um sono regulado para que o organismo recupere eficazmente.

3. Fadiga Muscular e Recuperação: Hidratação

Nada de novo. A hidratação é essencial em todas as fases de treino (antes, durante e após). Uma baixa ingestão de água pode afetar negativamente a biomecânica do sistema muscular, havendo uma maior propensão para cãibras e lesões (tendinites, por ex.).

Seja água ou bebidas desportivas com eletrólitos, nunca é demais a presença destes líquidos nos seus treinos.


4. Fadiga Muscular e Recuperação: Alimentação

Um dos, senão o mais importante dos momentos de uma recuperação eficiente. É através da alimentação e de uma dieta equilibrada que o organismo encontra os nutrientes necessários para produzir e restaurar as reservas energéticas e evitar a degradação muscular (catabolismo).

Torna-se assim essencial manter uma dieta rica em hidratos de carbono e proteína.

A “Supercompensação”

O treino desportivo tem como principal objetivo o chamado fenómeno da supercompensação.

Este fenómeno é parte integrante do ciclo de treino e essencial para o desenvolvimento da condição física.

Um ciclo de treino ocorre em 4 momentos:

  1. Reação de fadiga/cansaço do organismo normal após a realização do exercício que origina uma diminuição de performance;
  2. Fase de recuperação e regeneração muscular em que o organismo volta a encontrar o seu equilíbrio biológico;
  3. Fase de supercompensação, que se traduz na recuperação por completo. Cada vez que acontece, dá-se um novo estado de homeostasia superior e uma evolução no treino e performance quando comparados com o treino anterior.
  4. Novos estímulos devem acontecer nesta fase para que haja evolução. Se o tempo entre treinos for demasiado longo, perdem-se os benefícios obtidos pela fase anterior e o organismo retrocede.

Conhecendo este fenónemo, compreende-se a necessidade de evitar a fadiga muscular e a importância de programar tempos de repouso, de forma a que o organimo recupere de forma “supercompensatória”.

A carga de treino deve ser aplicada quando se der uma recuperação completa sem que tenham desaparecido os efeitos do estímulo aplicado anteriormente. Isto irá permitir a aplicação de cargas maiores de forma progessiva.

A duração da recuperação energética e muscular depende da intensidade do treino, mas pode ir de 12 a 72h.

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