Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
07 Fev, 2023 - 18:56

Os perigos da comparação: livre-se dela e viva feliz

Catarina Milheiro

Entenda quais são os perigos da comparação, por que motivos não devemos comparar-nos aos outros e de que forma afetamos o nosso bem-estar.

Temos por hábito acreditar que as conquistas dos outros são sempre melhores do que as nossas. E a verdade é que, por vezes, acabamos por nem nos aperceber dos perigos da comparação e das repercussões desse tipo de comportamento no nosso dia-a-dia.

De facto, o ato de se comparar com o outro é bastante comum na sociedade e é também uma das formas mais fáceis de sentir mal consigo mesmo. Além disso, a internet pode piorar um pouco este cenário, já que através de um simples clique temos acesso a uma “falsa realidade”.

Facilmente entramos numa rede social e a tendência é para visualizarmos as fotografias das férias de alguém, os objetos novos que adquiram ou os locais onde vão jantar. No entanto, é necessário travar um pouco esta necessidade contínua de nos compararmos com o próximo.

Caso contrário vivemos infelizes, insatisfeitos, na procura contínua pela felicidade, pelo melhor cargo ou até as melhores roupas. As comparações podem ser distintas, mas acabam todas por ter um impacto negativo no nosso bem-estar.

Os perigos da comparação: 6 motivos para parar já hoje

Os perigos da comparação são vários, e se não travarmos esta tendência que parecer persistir, podemos sentir as consequências no nosso dia a dia, na nossa saúde e no nosso bem-estar geral.

Por isso, lembre-se que as comparações fazem com que, muitas vezes, não sejamos capazes de tomar decisões certas, aumentam o stresse, a ansiedade e podem até causar depressão.

1.

Quando se compara com alguém, a tendência é para se limitar

Um dos perigos da comparação é precisamente o de acabar por limitar a sua individualidade com base naquilo que vê ou ouve dos outros e que considera que é sempre melhor que o que tem no momento.

Mas se refletir bem, para que motivo se deve comparar com outra pessoa se tudo aquilo que faz será somente para si e para a sua família?

Coloque as comparações de lado, represente-se a si mesmo e perceba aquilo que o torna único. Coloque de parte tudo o que é superficial e que muitas vezes surge devido às pequenas comparações.

2.

As suas experiências são diferentes

Perceber que as suas experiências são diferentes, independentemente da tendência para nos compararmos, é essencial.

Porque afinal, cada um de nós aprende e observa as coisas de acordo com as nossas próprias escolhas e compreensões. E embora possamos até aprender com outras pessoas, o resultado para nós pode não ser igual ao dos outros.

O que nos diferencia é a forma como nos vemos e sentimos nas nossas mentes – é isso que nos torna pessoas únicas e diferentes umas das outras.

3.

As comparações aumentam os níveis de stresse e ansiedade

Quando optamos por perder tempo a observar a vida dos outros acabamos por focar toda a nossa atenção em pequenos aspetos: desde a roupa da pessoa, o estilo de vida, passando pelo estado físico e mental.

O resultado desse tipo de comportamento é o facto de perdermos tudo aquilo que é mais importante nas nossas vidas e deixarmos o stresse e a ansiedade invadirem a nossa mente.

Sempre que isso acontece, o mais provável é sentirmo-nos mal, não conseguirmos lidar com as nossas frustrações e andarmos descontentes por diversos motivos.

Por isso, o melhor é concentrar-se em si próprio e caso pretenda fazer algumas mudanças na sua vida, determinar pequenos objetivos que o ajudem a chegar lá.

4.

Comparar-se vai amargurá-lo

Por vezes, quando focamos toda a nossa atenção nos outros e nos esquecemos de nós, podemos apercebermo-nos de que nos tornamos pessoas amargas e frustradas.

Se é mesmo importante para si ter mais e mais, é importante que trabalhe para isso sem olhar para os outros para ter a validação daquilo que deve ser ou não.

5.

Vai sentir-se inferior

Ninguém gosta de se sentir inferior, seja por que motivo for. E as redes sociais são bons exemplos de sítios onde, por vezes, é melhor não irmos ou visualizarmos.

E para nos sentirmos inferiores basta compararmo-nos com alguma coisa ou alguém. Por isso mesmo, compreenda que todos nós vivemos em ambientes e circunstâncias diferentes e não nos devemos comparar em nenhum nível.

6.

A comparação retira o brilho da conquista

Sempre que tentamos mudar os nossos hábitos, ou fazer coisas novas, sentimo-nos de imediato satisfeitos e felizes com cada uma das nossas realizações.

Por exemplo: se ganha um novo hábito de caminhar e rapidamente se compara a alguém que corre uma maratona, sentirá que estará sempre atrás e não conseguirá sentir-se realizado com a meta que acabou de alcançar.

O importante é sentir que está a percorrer o seu caminho no seu próprio ritmo. Não tente viver um ideal de onde deveria estar – lembre-se que a aceitação é a chave para o crescimento.

Como podemos ver, os perigos da comparação são vários e distintos. Para além de poderem afetar o nosso dia a dia através de sentimentos negativos, podem fazer com que nos sintamos inferiores, ansiosos, stressados e descontentes.

Situações como a depressão, por exemplo, podem muitas vezes ocorrer devido às constantes comparações que temos tendência para fazer com a vida dos outros. Evite viver uma vida infeliz e seja o único a comandar no seu caminho.

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