O relacionamento sexual cria uma sensação de bem-estar geral que é provocada pela libertação de substâncias químicas. No entanto, em certas circunstâncias ou fases da vida da mulher, pode ocorrer uma diminuição da libido e uma dificuldade em obter uma vida sexual satisfatória. Vamos saber mais sobre os motivos pelos quais as mulheres perdem o desejo sexual.
9 motivos pelos quais as mulheres perdem o desejo sexual
1 – História de depressão ao longo da vida: alguns estudos mostram que mulheres com uma história de depressão recorrente tendem a evidenciar uma menor resposta de excitação e relações sexuais menos satisfatórias em termos físicos e emocionais.
2 – Valor pessoal e autoestima sexual reduzidos: há autores que defendem que as emoções e os pensamentos têm um impacto mais forte na excitação sexual feminina do que a sensibilidade genital.
3 – Dinâmicas conjugais: a integridade do relacionamento conjugal contribui para o bom funcionamento sexual. As dificuldades de comunicação e de interação do casal geram sentimentos negativos e afetam o funcionamento sexual.
4 – Fraca conexão emocional com o parceiro.
5 – Pensamentos negativos durante a atividade sexual: pensamentos de fracasso e de desistência sexual e falta de pensamentos eróticos. Nestes casos, a atenção durante o ato sexual está mais centrada em preocupações relacionadas com a imagem corporal, com o desempenho sexual e pensamentos de fracasso.
6 – Crenças sexuais, nomeadamente aquelas que se relacionam com o conservadorismo sexual: nestes casos, está patente o impacto cultural na inibição da sexualidade feminina.
7 – Alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual: podem provocar tensão pré-menstrual e potenciar a diminuição da libido.
8 – Menopausa: a diminuição dos níveis de estrogénios e progesterona pode interferir negativamente na disposição da mulher para o contacto sexual.
9 – Stress e cansaço: podem favorecer a falta de libido feminina.
Perturbação do interesse/excitação sexual feminino
Quando as mulheres perdem o desejo sexual, ou seja, quando se verifica a ausência ou redução significativa do interesse e da excitação sexual, podem estar presentes alguns dos seguintes sintomas:
1 – Ausência ou redução do interesse na atividade sexual.
2 – Ausência ou redução de pensamentos sexuais/eróticos ou de fantasia.
3 – Ausência ou redução da iniciativa para a atividade sexual e tipicamente não recetiva às tentativas do parceiro para iniciar a atividade sexual.
4 – Ausência ou redução da excitação/prazer sexual durante a atividade sexual em quase todos ou todos os encontros sexuais.
5 – Ausência ou redução do interesse/excitação sexual em resposta a quaisquer estímulos sexuais/eróticos internos ou externos.
6 – Ausência ou redução das sensações genitais e não genitais durante a atividade sexual em quase todos ou todos os encontros sexuais.
Esta diminuição ou ausência de desejo sexual persiste por um período mínimo de aproximadamente 6 meses e provoca mal-estar clinicamente significativo.
Para este diagnóstico ser atribuído, a disfunção sexual não pode ser devida a perturbação mental não sexual ou consequência de dificuldades relacionais graves, bem como não pode ser devida aos efeitos se determinada substância ou medicamento ou outra condição médica.
A perturbação do interesse/excitação sexual feminino pode ser caracterizada de diferentes formas:
- Ao longo da vida (esteve presente desde que a mulher se tornou sexualmente ativa) ou adquirida (iniciou após um período de função sexual relativamente normal);
- Generalizada (não se limita a certos tipos de estimulação, situações ou parceiros) ou situacional (ocorre apenas com certos tipos de estimulação, situações ou parceiros);
- Ligeira (provoca mal-estar ligeiro), moderada (mal-estar moderado devido aos sintomas) ou grave (evidência de mal-estar grave ou extremo).
Quando as mulheres perdem o desejo de forma frequente, interferindo no seu bem-estar e na sua felicidade, pode estar presente uma disfunção sexual. Perante esta suspeita, as mulheres devem conversar com o médico que as acompanha e pedir ajuda.