Rita Mendo
Rita Mendo
17 Jan, 2017 - 18:11

Tudo o que precisa de saber sobre a disfunção sexual

Rita Mendo

De acordo com dados científicos, a disfunção sexual afeta cerca de 19% das mulheres portuguesas, e cerda de 25% dos homens.

Tudo o que precisa de saber sobre a disfunção sexual
A disfunção sexual refere-se às dificuldades experimentadas por um indivíduo ou um casal durante uma qualquer fase da atividade sexual.

Corresponde, assim, às situações em que os indivíduos não conseguem concretizar uma relação sexual, ou torná-la satisfatória para o seu companheiro. 
 
Carateriza-se, essencialmente, por uma alteração no desejo sexual, na presença ou manutenção da excitação sexual e resposta às mesmas, na incapacidade ou dificuldade de obter o orgasmo, na perturbação dolorosa da função sexual ou na sobreposição de qualquer uma destas alterações. 
 
A disfunção sexual pode acontecer quer a homens, quer a mulheres. 
 

Quais as causas da disfunção sexual?

depressao

A disfunção sexual pode ter diversas causas.

Desde as doenças físicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, hormonais, renais, hepáticas, como ao abuso de álcool, tabaco ou drogas, ao uso de medicamentos, como anti-depressivos, anti-hipertensivos e anti-histamínicos, como às doenças psíquicas, tais como o stress, a ansiedade, a depressão e, ainda, devido aos problemas conjugais. 
 
Nas mulheres, durante a gravidez, é normal ocorrer algum tipo de disfunção sexual, como a diminuição do desejo ou dor durante as relação sexuais.

Ainda no que respeita ao sexo feminino, a fase pré-menstrual, o pós-parto e a menopausa são situações sensíveis e que podem ser acompanhadas de alterações na função sexual. 
 

Como se manifesta a disfunção sexual?

disfuncao sexual manifestacoes

Os sintomas variam de género para género. 
 
Nos homens, os sintomas principais e os mais comuns são as dificuldades na obtenção ou manutenção da erecção e alterações na ejaculação (que pode não existir de todo, pode ser retardada ou prematura). 
 
Nas mulheres, a disfunção manifesta-se, essencialmente, na diminuição do desejo sexual, na incapacidade de obter um orgasmo, na insuficiência de lubrificação vaginal e na dificuldade no relaxamento da musculatura vaginal, dificultando ou impedindo a penetração. 
 
De forma geral, as disfunções sexuais podem ser classificadas em quatro categorias diferentes: as que afetam o desejo sexual, as que afetam a estimulação sexual, a disfunção erétil e as alterações do orgasmo. 
 

Como se diagnostica a disfunção sexual?

Em primeiro lugar, é importante conhecer a história sexual da pessoa em questão e deve, ainda, ser feita uma avaliação de saúde geral.

Existe a necessidade de avaliar a presença ou não de ansiedade, sentimentos de culpa, stress. Tudo isto são factores importantes para um diagnóstico correto e abordagem adequada da disfunção sexual. 
 
Por vezes, o diagnóstico requer uma abordagem aos dois elementos do casal, numa tentativa de perceber a sua dinâmica e modo de relacionamento. 
 

Como se previne?

A adoção de um estilo de vida saudável permite evitar muitas das causas mais comuns de disfunção sexual.

A alimentação, o exercício físico, o não fumar, são todos fatores e passos importante para manter uma vida saudável e, consequentemente, uma vida sexual mais equilibrada. 
 

Quais são os tratamentos disponíveis?

medicacao

Em primeiro lugar, as alterações no estilo de vida são cruciais. Sendo o excesso de álcool, tabaco e drogas causas importantes da disfunção sexual, o seu controlo pode, só por si, resolver o problema. 
 
Para a disfunção erétil, existe uma série de fármacos, que devem ser sempre prescritos pelo médico que o acompanha, e ajudam na resolução do problema. 
 
Dependendo, ainda, da causa que provoca a disfunção, existem medicamentos de natureza hormonal que podem ser úteis. 
 
É importante perceber qual a natureza da disfunção sexual, pois só assim encontrará o tratamento adequado para si. Em alguns casos, a terapia sexual, o suporte psicológico, as abordagens comportamentais e a psicoterapia podem resolver a questão. 
 
O essencial é, no fundo, reconhecer e aceitar a presença do problema e, desse modo, será sempre mais fácil identificar quais as suas causas e como corrigi-las. 


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