O desafio foi lançado: contar a sua história na primeira pessoa. Partilhar a sua clara vitoriosa jornada.
Falamos de Rita Mendo, uma jovem que embora não tenha passado por uma diferença de peso fora do normal, chegou a atingir 62kg, peso com o qual não se sentia bem e, por essa razão, tentou encontrar o seu equilíbrio e atingir com esforço e dedicação o seu peso ideal.
Conheça agora todo o processo passado.
ANTES DA MUDANÇA
“Nunca fui propriamente uma pessoa com hábitos alimentares super saudáveis, preocupada com a alimentação ou com um gosto enorme pelo desporto. Sempre tive uma alimentação dita “normal” – pequenos almoços, almoços, lanches e jantares completamente banais.
Numa fase da minha vida, com 16 anos, passei por uma fase mais complicada e perdi algum peso. Aproveitei essa onda para me dedicar ao ginásio e realmente os resultados começavam a aparecer. Não me recordo ao certo do meu peso na altura, mas de facto tinha perdido bastante e sentia-me bem comigo própria.
Passado um ano, mais ou menos, as coisas começaram a descambar. Mudei de colégio, passei a almoçar muitas vezes fora, o sistema nervoso também não ajudou e ganhei bastante peso. Na altura, experimentei imensas dietas bastante restritivas, consultei um número infinito de nutricionistas, e parecia que nada resultava comigo.
Aguentava dois ou três dias com a alimentação (demasiado) regrada e, ao fim do terceiro, só conseguia chorar porque tinha, realmente, imensa fome. Os resultados não chegavam e acabei por “descurar” esta tentativa de emagrecer.
Entrei na faculdade em Lisboa e vivi lá durante cerca de 6 meses. Aí sim, foi o descalabro! Não havia horário para almoçar ou para jantar.
Se não apetecia fazer o jantar em casa, os restaurantes de fast-food serviam perfeitamente. Saídas à noite e bebidas brancas também aconteciam.
E foi nesta altura que atingi o meu peso máximo: 62kg para 1.62cm.”
MOMENTO DA DECISÃO
“Quando fiz 18 anos, comprei um vestido que adorava, na altura. Todo justinho e cheio de lantejoulas! Comprei-o pela internet e ele veio ter a casa.
Cheguei de Lisboa no fim de semana da minha festa de aniversário e, quando o experimentei, só me apetecia chorar. Não conseguia gostar de me ver com ele e já não havia nada a fazer, nem sequer tinha tempo de comprar outro.
Lá o usei, não muito satisfeita. As fotos apareceram e eu detestei todas. Olhava para elas e só pensava “nota-se a barriga”, “que coxas enormes”, “estou com queixo duplo” (e desculpem a sinceridade das expressões, mas era mesmo isto que eu sentia).
Também nesta altura, em Novembro, comecei a perceber que o meu lugar não era em Lisboa, mas sim no Porto. E decidi que queria regressar a casa.
Voltei em Fevereiro, mais ou menos. E fui procrastinando, adiando tudo o que se relacionava com a perda de peso, porque me sentia satisfeita a alimentar-me assim (leia-se, mal!).
Até que chegou o Verão, e com ele a maldita história dos biquínis, das camisolas de manga curta, dos vestidos mais curtinhos.
Comecei a ter mais cuidado com a alimentação, mas foi em Setembro que tudo mudou.”
DEPOIS DA MUDANÇA
“Nesta altura (Setembro), inscrevi-me no ginásio. Decidi que estava na altura de voltar a sentir-me eu no meu corpo, a sentir-me confiante.
Tive um acompanhamento fantástico no Holmes Place. Fiz treinos com personal trainer, treinei sozinha. Tive um plano adequado às minhas necessidades e aos meus gostos desportivos.
Motivei-me a mim própria para continuar com a minha determinação e a lutar por aquilo que realmente desejava. Mudei a minha alimentação. Aprendi a comer. Percebi o que funcionava com o meu corpo e parei de tentar encontrar na alimentação dos outros uma forma de me alimentar.
Deixei os conselhos dos nutricionistas de lado. E fiz aquilo que eu achava básico: pão ao pequeno almoço, hidratos ao almoço, salada ao jantar. Continuei a lanchar pacotes de bolachas porque era aquilo que me dava jeito.
E, durante este período, jantei francesinhas, comi bolos de chocolate, gomas, refrigerantes. Era a única forma de me manter motivada para a semana seguinte! Se eu me portava tão bem durante uma semana inteira, merecia um dia para tirar a barriga de misérias.
No dia seguinte, o ginásio estava à minha espera.
Fiz a minha própria dieta e, em meses, pesava 50kg! Cheguei a pesar 48kg.
Por isso, acredito que o nosso corpo pode ser o nosso melhor amigo, se o tratarmos como ele quer.”
HOJE EM DIA
“Confesso que nos últimos tempos tenho vivido um bocadinho da sorte. Com o trabalho e as refeições em cima do joelho ao almoço, sinto necessidade de jantar melhor. Mas jantar melhor não significa comer muito.
Enquanto estava em processo de emagrecimento, eram raras as vezes em que o meu prato ao jantar tinha massa, arroz ou batatas. Limitava-me a jantar carne ou peixe, com salada e legumes. Nos dias em que estava mais cansada, uma sopa e chá eram suficientes.
Ultimamente, como de tudo. E não tenho notado grandes diferenças no meu corpo. Há dias em que me sinto mais inchada, mas acaba tudo por ir ao sítio.
Se aliarmos uma alimentação regrada com exercício físico, vamos sempre ter sucesso na manutenção do peso.
Não como papas de aveia, não adoro abacate, não me satisfaço com um smothie ao pequeno almoço. Não tenho grande paciência para cozinhar, e tudo o que seja de arroz branco com bife de frango para cima, já dá demasiado trabalho. Por isso, não há por aqui quinoas ou batata doce assada.
Sou demasiado preguiçosa para tudo isso. Mas continuo aqui, com os meus 50kg na balança!
Porque, no fundo, a força interior, a força de vontade, é tudo aquilo que precisamos para alcançar os objetivos que estabelecemos.”
E você? Passou por uma grande mudança de estilo de vida? Desafiou-se e lutou por obejtivos que nunca pensou conseguir alcançar? Contacte-nos através do e-mail [email protected] e conte-nos a sua história!
No final a sua história de sucesso e determinação aparecerá no nosso álbum Antes e Depois do facebook e poderá ser selecionada para um artigo especial no Vida Ativa! Participe e atreva-se a inspirar os outros.