Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
05 Jun, 2023 - 13:07

A coragem de não agradar: 6 ensinamentos essenciais

Catarina Milheiro

A coragem de não agradar é uma obra que aborda temas como a autoestima, autoaceitação, superação de medos e a procura por um propósito.

Para si, a opinião dos outros é um problema? Então, o livro A coragem de não agradar, escrito por Ichiro Kishimi e Fumitake Koga, não vai passar despercebido das prateleiras durante a próxima ida à livraria.

A obra apresenta uma abordagem que se baseia na psicologia de Alfred Adler, para ajudar as pessoas a encontrarem a coragem necessária para viverem as suas vidas de forma autêntica e satisfatória.

A par da psicologia está a filosofia, como estratégia de ajuda para encontrarmos as ferramentas de superação que nos podem ajudar a ser quem mais desejamos, sem estarmos presos ao que os outros pretendem de nós.

E não é assim que a maioria de nós ambiciona viver? Menos preso aquilo que os outros pensam, mais feliz, menos tenso, mais corajoso e com vontade de superar os medos que vivem em nós.

Fizemos uma análise à obra e reunimos 6 ensinamentos que consideramos essenciais para uma vida feliz.

A coragem de não agradar: o que aprendemos com o livro

6 ensinamentos para a vida

1.

Poder de escolha

Mesmo perante as maiores adversidades, o livro lembra-nos que somos livres para decidirmos como queremos dar resposta às circunstâncias da vida.

O que significa que, quando tivermos uma situação complicada diante de nós, devemos ter em mente que temos a capacidade de escolher uma resposta positiva e de adotar atitudes construtivas.

2.

Relacionamentos saudáveis

De que nos vale construirmos relacionamentos fictícios ou com base em sentimentos que não são verdadeiros? Seremos pessoas muito mais felizes e concretizadas se formos capazes de estabelecermos relacionamentos saudáveis e genuínos.

3.

Autoaceitação e autenticidade

Seja autêntico e aceite-se a si mesmo – este é o ponto de partida para uma vida mais satisfatória. Tal como o livro nos ensina, não é necessário moldarmo-nos às expectativas dos outros já que a verdadeira coragem está precisamente em abraçarmos quem realmente somos.

4.

Procura por um propósito

Para vivermos uma vida autêntica devemos encontrar significado naquilo que fazemos, naquilo que dizemos e naquilo que somos – nas nossas vidas. Quando identificamos aquilo que realmente é importante para nós, conseguimos redirecionar as nossas energias e os esforços de forma mais significativa. Isto é, com um propósito.

5.

Responsabilidade pessoal

Quando assumimos a responsabilidade pelas nossas escolhas ao longo da vida, ganhamos o poder de mudar e criar o caminho que desejamos. Por isso, cada um de nós deve estar alerto para o destaque que dá à responsabilidade dos seus atos.

6.

Superação do medo do julgamento

“A coragem de não agradar” também está diretamente relacionada com a importância de superar o medo do que os outros pensam ou dizem de nós. Assim, quando nos libertamos daquela necessidade de agradar que todos conhecemos tão bem, podemos concentrar-nos em viver de acordo com os nossos valores e objetivos.

A coragem de não agradar: uma obra que desafia as expectativas sociais

A coragem de não agradar” explora a abordagem do psicólogo Alfred Adler – que enfatiza a importância da autenticidade, da responsabilidade pessoal na procura pela felicidade e do sucesso na vida e claro, do poder de escolha.

O livro narra o diálogo entre um jovem insatisfeito e um filósofo mais velho chamado Sensei. Através das suas conversas, o filósofo desafia as crenças limitadoras do jovem e encoraja-o a adotar uma nova perspetiva sobre si próprio e sobre a vida em geral.

Se refletirmos bem sobre o título, acabamos por perceber que são poucos os que têm a coragem de ter algum comportamento diferente do “normal” em várias situações do dia a dia. De facto, para este tipo de pessoas destemidas e cujo seu propósito é claro, torna-se fácil terem a coragem de não agradar a tudo e a todos.

Trata-se de uma obra que desafia por completo as expectativas sociais por se optar por viver uma vida autêntica. E, na verdade, quantos de nós passamos o horas a viver a vida dos outros através das redes sociais?

Já refletiu sobre o tempo que passa a contemplar o dia a dia dos outros e as expectativas que automaticamente cria na sua cabeça relativamente ao seu ambiente social? Quantos são os likes que vai ter na sua publicação ou quantas são as pessoas que o vão conhecer num evento?

De facto, viver sem qualquer tipo de expectativas sociais parece ser deveras interessante. Não termos de nos preocupar em publicar um story no Instagram só para que os outros saibam que temos vida social e que fomos jantar fora.

Este é apenas um exemplo da validação social que procuramos constantemente. No entanto, quando optamos por viver um vida autêntica, sem pressões sociais nem expectativas, somos muito mais felizes.

Há que assumir a responsabilidade pelas nossas próprias escolhas

Se voltarmos aos temas abordados no livro, rapidamente nos apercebemos que a autoestima, autoaceitação, os relacionamentos interpessoais, a superação dos medos e a procura por um propósito com significado na vida são os mais relevantes.

Por norma, já todos ouvimos falar neles. Mas não significa que saibamos ao certo qual a melhor forma para os colocarmos em prática nas nossas vidas. Por isso, o melhor talvez seja começar por questionar as suas crenças e assumir a responsabilidade pelas suas escolhas. No fundo, tudo gira em volta do sentido que damos às nossas vidas.

De uma forma geral, a ideia que o livro nos promove é a de que a verdadeira coragem está em conseguir rejeitar a necessidade de aprovação externa e em abraçar assim a autenticidade. O objetivo? É fazer com que cada pessoas seja capaz de viver tendo em consideração os seus próprios valores e objetivos.

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