Quase toda as pessoas já ouviram falar de arritmias, muitas vezes associadas a outros problemas cardiovasculares, mas muitas vezes como episódios isolados.
Antes de mais é importante perceber a diferença entre este e diversos outros problemas do coração bem como a gravidade associada. Será que sabe realmente o que são arritmias? Já sofreu alguma? Venha descobrir tudo.
O que são arritmias cardíacas?
![arritmias como acontecem as arritmias](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_125696-medicine-doctor-and-stethoscope-touching-icon-heart-and-diagnostics-analysis-medical-.jpg)
Arritmias não são mais do que, tal como o nome indica, ritmos cardíacos anormais. Começa por ser um distúrbio cardíaco caraterizado por ritmos irregulares, sejam eles muito lentos, muito rápidos ou ritmos que percorrem o coração por vias anormais de condução elétrica.
O coração, o órgão vital do nosso organismo, é um músculo constituído por quatro câmaras que, de uma forma mecânica, se contraem e descontraem de forma a impulsionar o sangue para todo o organismo. Estes movimentos são controlados por correntes elétricas que determinam o batimento cardíaco, na qual resulta a frequência cardíaca.
Quando há alterações nesta frequência cardíaca, devido à sua velocidade, ocorrem então as arritmias.
Que tipos de arritmias existem?
![arritmias tipos de arritmias](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_125697-ecg-report_1558608985.jpg)
As arritmias podem caraterizarem-se segundo várias perspetivas, como por exemplo o local de ação ou a frequência cardíaca. Em relação à velocidade dos batimentos cardíacos, podemos ter os diferentes tipos de arritmias seguintes:
- Taquicardia: quando o coração bate mais rápido do que o normal; dentro das taquicardias temos as atrial multifocal, paroxística supraventricular, ventricular; frequência cardíaca a cima de 100 bpm (batimentos por minuto);
- Bradicardia: quando acontece precisamente o contrário e o coração bate de forma mais lenta que o normal; frequência cardíaca a baixo de 60 bpm;
- Fibrilação atrial ou ventricular: quando ocorrem uma série de contrações descontroladas e descoordenadas do coração;
- Doença do nódulo sinusal: carateriza-se por um conjunto descoordenado das arritmias anteriores, de forma aleatória.
Quais as principais causas das arritmias?
![arritmias enfarte do miocardio](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_117721-severe-heartache-man-suffering-from-chest-pain-having-painful_1558609043.jpg.jpg)
De uma forma natural, o coração consegue bombear o sangue para todo o corpo sem ter que se esforçar mais. Há sempre mudanças nesse ciclo, provavelmente irá desenvolver-se uma arritmia.
Diversas são as razões que pode levar a isso, mas as principais são:
- Enfarte do miocárdio;
- Desgaste do tecido do coração devido a um enfarte do miocárdio;
- Doença da artéria coronária;
- Insuficiência cardíaca;
- Anomalias congénitas (anomalias anatómicas de nascença);
- Cardiomiopatia;
- Artérias obstruídas;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Tabaco, álcool e outras drogas;
- Consumo excessivo de cafeína;
- Stress;
- Medicação e/ou suplementos diários.
Também é possível distinguir os tipos de arritmias tendo como base a causa dessas.
Por exemplo, no caso de uma taquicardia é comum que estas se desenvolvam pelo exercício físico, pela tensão emocional, pelo consumo excessivo de álcool e tabaco ou pelo uso de medicamentos que contenham estimulantes, sem aconselhamento médico, como antipiréticos ou antialérgicos.
Em relação às bradicardias, estas podem desenvolver-se devido a sensações de fome e cansaço, distúrbios digestivos (com diarreia e vómitos) que podem estimular excessivamente o nervo vago. Quando este estímulo é considerável, o coração pode mesmo parar, provocando a morte. No entanto, tratam-se de situações raras.
Os sintomas mais comuns nas arritmias
![arritmias mulher com falta de ar](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_125698-arritmias-mulher-com-falta-de-ar_1558609192.jpg)
Na maior parte das vezes, as arritmias não manifestam sintomas muito notáveis. Algumas pessoas poderão notar certas alterações nos batimentos cardíacos, mas nem sempre é caso de arritmia. No entanto, quando ocorrem, estes podem como:
- Tonturas;
- Desmaio;
- Palidez;
- Incómodo ou dor no peito;
- Batimentos acelerados ou lentos, consoante o tipo de arritmia;
- Falta de ar;
- Redução da capacidade física;
- Sudorese.
Como pode ser feito o diagnóstico de uma arritmia?
![arritmias eletrocardiograma](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_125699-doctors-analysing-data-in-detail_1558609406.jpg)
Normalmente, apenas a descrição do doente ao seu médico é quase suficiente para este perceber e fazer um diagnóstico preliminar. De seguida é necessária a realização de alguns exames para que o diagnóstico se confirme e se determine a gravidade da arritmia.
O mais importante é perceber se as palpitações são rápidas ou lentas, regulares ou irregulares, breves ou prolongadas e se há sintomas associados. Com estas informações vai ser possível ao médico determinar o tipo de arritmia, perceber quais as principais causas e receitar o melhor tratamento para o caso em particular.
A nível mais técnico são sempre necessários alguns procedimentos que confirmem este diagnóstico.
Um deles é o exame eletrocardiograma. Este é o principal diagnóstico para detetar arritmias. Neste exame é possível obter a representação gráfica da produção de corrente elétrica a cada batimento cardíaco. Este ECG regista o ritmo durante um curto espaço de tempo, permitindo visualizar se há batimento lento, rápidos ou irregulares.
Também se pode recorrer à monitorização Holter (um ECG portátil), monitorização de arritmias esporádicas, ecocardiograma, provas de esforço e teste eletrofisiológico.
Qual o tratamento mais comum para as arritmias?
![arritmias medicacao](https://cdn.vidaativa.pt/uploads/2019/11/765_360_112648-765-360-100783-a-lot-of-pills-and-medicaments-on-a-table-1537521101_1558609491.jpg.jpg)
O tratamento das arritmias é sempre feito de forma a restaurar o ritmo cardíaco normal e prevenir futuros episódios.
Recorre-se a fármacos antiarrítmicos, como os betabloqueadores (Atenolol), que são muito eficazes para suprimir taquicardias com sintomas complicados ou que provoquem risco para o doente. Por vezes a estimulação do ritmo e aplicação de choque elétrico é necessário, de forma a regular os batimentos cardíacos.
Em pessoas com arritmias inofensivas, apesar de ser um problema incomodativo, nem sempre é necessário o recurso a fármacos. Como não têm gravidade nem consequências para o bem-estar da pessoa, às vezes pequenas mudanças fazem a diferença. Como por exemplo com a substituição de alguns fármacos recorrentes ou a alteração das doses e a diminuição ou eliminação do consumo de álcool, cafeína e cigarros. Também a prática moderada de exercício pode ser benéfica.