Mónica Carvalho
Mónica Carvalho
18 Jan, 2018 - 11:02

Ser solteiro aumenta risco de Alzheimer: descubra o porquê desta afirmação

Mónica Carvalho

Ser solteiro aumenta o risco de Alzheimer em cerca de 40%, de acordo com estudo do University College London. Saiba mais sobre as conclusões deste estudo.

Ser solteiro aumenta risco de Alzheimer: descubra o porquê desta afirmação

As pessoas que nunca se casam e vivem sozinhas são 42% mais propensas a desenvolver Alzheimer do que os casais. A conclusão é de uma investigação levada a cabo pelo University College London, na qual foram analisados 15 estudos anteriores com dados sobre casos de Alzheimer e estado civil de 812 mil pessoas da Europa, América e Ásia e em.

Mas o porquê da afirmação “ser solteiro aumenta o risco de Alzheimer“? Fique a saber tudo em seguida.

Pessoas casadas são menos vulneráveis ao Alzheimer

ser solteiro aumenta o risco de alzheimer e casados

O líder do estudo, Andrew Sommerlad, afirma que “ser casado está associado a um risco reduzido de demência do que pessoas solteiras viúvas e ao longo da vida”, dado que o casamento pode levar a estilos de vida mais saudáveis, incluindo a prática de exercício físico, a prossecução de uma melhor e mais equilibrada dieta, bem como evitar fumar e beber álcool em demasia. Além disso, os casais também podem ter mais envolvimento social e todos estes fatores estão ligados ao menor risco de demência.

Laura Phipps, da Alzheimer’s Research do Reino Unido partilha da mesma opinião: “Há uma pesquisa convincente que mostra que as pessoas casadas geralmente vivem mais e desfrutam de uma melhor saúde, com muitos fatores diferentes que provavelmente contribuam para essa ligação. As pessoas casadas tendem a ser financeiramente melhores, um fator que está intimamente ligado a muitos aspetos da nossa saúde. Os cônjuges podem ajudar a incentivar hábitos saudáveis, cuidar da saúde de seus parceiros e oferecer apoio social importante.”

Ser solteiro aumenta o risco de Alzheimer: porquê?

alzheimer

A pesquisa publicada no Journal of Neurology and Psychiatry sugere que a interação social pode ajudar a construir uma reserva cognitiva, “uma resiliência mental que permite que as pessoas funcionem por mais tempo com uma doença como a doença de Alzheimer antes de apresentar sintomas. Enquanto as pessoas que não são casadas ou viúvas podem ter menos oportunidades de interação social à medida que envelhecem.” É certo que nem sempre isto acontece, porém a pesquisa “aponta para diferenças nos níveis de atividade física e educação subjacente a grande parte das diferenças no risco de demência entre pessoas solteiras, casadas e viúvas.”

Para evitar os efeitos de demência ou Alzheimer, o indivíduo, independentemente de ser solteiro, casado divorciado ou viúvo, deverá permanecer física, mental e socialmente ativo ao longo da vida.

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