Mónica Carvalho
Mónica Carvalho
20 Nov, 2019 - 11:00

Investigadores da Universidade do Porto recebem 2 milhões para combater Alzheimer

Mónica Carvalho

Usar a inteligência artificil e fotónica valeu a uma spin-off nascida no INESC TEC um prémio milionário para estudar a doença de Alzheimer.

Investigadores da Universidade do Porto recebem 2 milhões para combater Alzheimer

A iLoF – Intelligent Lab on Fiber conquistou o do Wild Card, um programa de aceleração do EIT Health que lhe permite arrecadar dois milhões de euros para combater o Alzheimer.

A spin-off, agora incubada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), irá aplicar o prémio atribuído pelo maior consórcio da área da saúde no Mundo, no desenvolvimento de ferramentas nos domínios da Inteligência Artificial e da Fotónica, com potencial para serem usadas em tratamentos inovadores para a doença de Alzheimer.

Na base do projeto está a criação de um sistema portátil para servir de biblioteca de “impressões digitais” de várias doenças neurodegenerativas, uma tecnologia que permite a realização de testes rápidos e pouco invasivos já utilizada em doenças como o Parkinson ou tumores cerebrais e que passa agora a ser utilizada para estudar o combate à doença de Alzheimer.

investigacao alzheimer senhora com alzheimer

“A cada três segundos alguém no mundo desenvolve a doença de Alzheimer. E apesar de existirem 50 milhões de pessoas em todo o mundo com esta doença, não houve qualquer tratamento novo aprovado nos últimos 14 anos e foram mais de 400 os estudos clínicos falhados”.

Outro dado reconhecido é o facto de se prever que o número de doentes de Alzheimer triplique até 2050. “É este o paradigma que queremos mudar, usando a inteligência artificial e a fotónica para acelerar o desenvolvimento de tratamentos novos e personalizados para a doença de Alzheimer”, explica Joana Paiva, uma das fundadoras da iLoF.

A iLoF é composta por três investigadores da U.Porto, em “representação” do INESC TEC, da Faculdade de Ciências (FCUP), da Faculdade de Medicina (FMUP) e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S). A Joana Paiva (INESC TEC/FCUP), Luís Valente (INESC TEC/FMUP) e Paula Sampaio (i3S/FCUP) junta-se ainda Mehak Mumtaz, da Universidade de Oxford (Reino Unido).

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Fonte:

1. Universidade do Porto

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