Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
26 Out, 2015 - 17:35

Cerveja artesanal vs Cerveja industrial: qual a diferença?

Júlia de Sousa

A cerveja artesanal está a ganhar terreno em território nacional e existem já algumas marcas que se têm vindo a destacar. 
 

Cerveja artesanal vs Cerveja industrial: qual a diferença?

Sovina, Maldita, Vadia, Rolls Beer, Praxis, Toira, Oitava Colina, Templária, Mártir, A Cabra, OPO74, DUX Beer, Burguesa ou Dois Corvos. Conhece estes nomes (ou melhor dizendo, marcas)? Alguns reconhecerão pelo menos um dois deles, mas para a grande maioria ainda são desconhecidos. Isto porque são algumas das marcas de cerveja artesanal fabricadas em Portugal. E são mesmo apenas alguns exemplos, porque atualmente existem já várias marcas, espalhadas um pouco por todo o país e que têm vindo a conquistar adeptos. 

Ao contrário das grandes marcas de cerveja industrializada, são produzidas em pequena quantidade, mas nem isso as impede de agitarem o mercado. Saiba o que as torna tão especiais. 

Cerveja artesanal vs cerveja industrial: o que as distingue? 


Processo de fabrico

Se achava que o que distinguia estas duas cervejas era a quantidade produzida, está redondamente enganado. O que realmente as distingue é o processo de fabrico. Dito de forma (muito simples) a grande diferença é que uma é feita por máquinas (a industrial) e a outra é feita pelas mãos dos produtores (a artesanal). 

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Na produção da cerveja artesanal são usados quatro ingredientes: malte, lúpulo, água e fermento (ou levedura), e – tal como acontece com o vinho – existem diversas castas, vários tipos de malte, lupos e leveduras, que dão origem a cervejas muito diferentes. 

Mas para quem produz este tipo de cerveja – a artesanal – a grande diferença está efetivamente na forma de produção. A começar pelo facto de que é produzida com puro malte e é carbonatada e fermentada naturalmente, ao contrário da cerveja industrial que é filtrada e diluída em água. 

Mais, na produção de uma cerveja artesanal, todo o processo é controlado e acompanhado de perto pelo produtor, que controla não só a introdução dos ingredientes, mas também os processos de levedura e fermentação. 

Além disso, enquanto na produção de cerveja industrial existem vários processos mais industrializados, como a clarificação, a filtração ou a pasteurização, isso não acontece na produção artesanal. 



Ingredientes

Outra das características da cerveja artesanal é que é produzida com base nos ingredientes locais de cada marca e usa matérias-primas de qualidade, que conferem às cervejas aromas e sabores muito distintos. Além disso, não contêm corantes, nem conservantes (ao contrário do que acontece com as cervejas industriais). 

A cerveja artesanal é obviamente mais cara do que a industrial, o que se justifica pelo tempo que demora a produzir e pelas quantidades em que é produzida. 


Cerveja artesanal: uma moda que veio para ficar 

Não, uma não anula a outra. Há mercado para os dois tipos de cerveja, mas não há como negar que a cerveja artesanal tem vindo a conquistar cada vez mais adeptos.

A moda não é nova, diga-se. Em muitos países, como a Bélgica por exemplo, é uma realidade há já muito tempo. Basta ver pela vasta oferta no mercado. Em Portugal, a tendência tem vindo a crescer nos últimos anos e veio para ficar. Muitas destas marcas de cerveja artesanal começaram por ser produções caseiras e que depois evoluíram para pequenas fábricas.

Mas, no fundo, o aparecimento destas cervejas artesanais acabam por dar resposta à crescente procura dos consumidores por um produto diferenciado, com sabores e aromas mais fortes, muito distintos dos da habitual cerveja industrial. 

Se ficou curioso, saiba que tem ao seu dispor uma listagem das marcas registadas de cerveja artesanal produzidas em Portugal. Basta aceder a www.cervejaartesanalportuguesa.pt e fica a saber qual a região de cada cerveja e onde pode encontra-las. 

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