Beatriz Santos
Beatriz Santos
09 Ago, 2016 - 16:05

Treino de Peito – a importância da correção postural

Beatriz Santos

Treino de peito é o preferido da maioria dos praticantes de musculação. Há que ter em consideração a anatomia e a biomecânica do movimento para obter resultados.

Treino de Peito – a importância da correção postural

Para muitos dos praticantes habituais e frequentadores de salas de musculação, o treino de peito é o mais importante da semana, isto porque esteticamente é um músculo que diferencia pessoas treinadas e não treinadas, sendo que muita gente, especialmente homens, sentem orgulho nos respetivos peitorais.

Alguns estudos revelam até influencias culturais neste sentido. 

Sendo certo que o peitoral determina a forma do tronco, é fundamental a escolha dos exercícios para o bom desenvolvimento do peitoral.

Porém, ainda mais importante do que este aspecto é a correção durante a execução do exercício, não basta acrescentar carga se az execução estiver errada!

Os aumentos de massa muscular neste grupo podem ser bastante significativos, não obstante não se deve descurar a postura no treino de peito, sob risco de lesão.

A construção de massa muscular é um processo moroso, não basta colocar cargas super exigentes, sem que para isso haja um treino específico: há que ter em conta a anatomia do peitoral, de forma a programar o treino incidindo sobre os vários feixes do músculo e ângulos de liberdade em que trabalha. 


TREINO DE PEITO

O treino de peito deverá incidir nas várias partes do peitoral que, anatomicamente se constitui em duas partes: peitoral maior e menor, partes central – inferior e superior, respetivamente. 

Assim, existem no treino de peito três principais tipos de execução dos vários exercícios: horizontal, inclinado (peitoral menor – superior) e declinado (parte inferior). 

Deste modo, quando planeamos um aumento de massa muscular neste grupo muscular, há que salientar que os vários ângulos devem estar incluidos no planeamento, até de forma a compensar eventuais erros posturais do indivíduo que estamos a treinar. 
 

Erros comuns no treino de peito

Execução incompleta

Apesar dos maiores ganhos musculares comprovadamente serem na fase excêntrica do movimento, isto é, na fase em que se “aguenta” a carga e não na fase em que se faz a força, muitas vezes descuramos esta parte do movimento.

Tenha sempre em atenção, no treino de peito, de executar a fase excêntrica do exercício à mesma cadência que executa a fase concêntrica.

O objetivo é trabalhar em toda a extensão do movimento – aposte na amplitude!

 


Extensão total do cotovelo


O peito tem um limite de execução. Se extendermos totalmente os cotovelos, passam a ser estas articulações, a par do ombro, a suportar a carga e não o peito.

É desperdício do exercício, deixa de ser treino do peito, dá um  descanso desnecessário ao músculo e pode incorrer-se em risco de lesão.

O objetivo é isolar o peitoral, não propriamente trabalhar com músculos sinergistas (secundários).

 


Trabalhar sempre só em certos ângulos


Tal como explicado acima, o peitoral é constituido por mais do que um feixe, pelo que é necessário variar o ângulo de execução durante o treino de peito, de forma a incidir sobre todo o grupo muscular.

Muitas vezes vemos utilizar exercícios horizontais preferencialmente, o que acaba por ser errado quando falamos em treino de peito. 

Utilizar sempre a barra: é importante executar os exercicios com halteres ou cabos no treino de peito. 

Mesmo que o exercício funcionalmente seja o mesmo e biomecanicamente também, a verdade é que a utilização de cabos ou halteres aumenta a dificuldade do exercício devido à instabilidade, reforçando o músculo, simultâneamente. 

 

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