Valter Tavares
Valter Tavares
27 Out, 2015 - 16:24

Crioterapia: conheça os seus benefícios depois do treino

Valter Tavares

Está a ser adotada por cada vez mais atletas de elite, mas será que a crioterapia vale mesmo a pena? Descubra as principais vantagens deste popular método.

Crioterapia: conheça os seus benefícios depois do treino

Temos ouvido falar cada vez mais sobre a crioterapia, sobretudo devido aos inúmeros atletas de fama internacional que estão a aderir a este método – um exemplo incontornável é Cristiano Ronaldo, que até já criou condições para o aplicar em sua própria casa, instalando uma câmara de frio. 

No entanto, nem toda a gente está convencida da sua eficácia para além da redução da sensação de dor muscular, e menos ainda quando se fala de potenciar a capacidade e resistência físicas. Assim, tendo presentes estas opiniões contraditórias, e para podermos tirar as nossas próprias conclusões, importa responder a uma série de perguntas, que colocamos de seguida.

O que é e como pode ser aplicada a crioterapia?

Basicamente, na crioterapia utiliza-se o frio com fins terapêuticos, baixando até ao limite do suportável a temperatura dos tecidos corporais. 

Tal procedimento pode ser levado a cabo de duas formas:

Aplicação local

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  • Gelo (aos cubos ou picado)
  • Massagem com gelo
  • Compressa de gel frio
  • Compressas frias químicas (“frio instantâneo”)
  • Aparelhos de compressão com arrefecimento
  • Spray frio
  • Ligaduras frias
  • Toalha fria
  • Ar frio
  • Etc.
     

Aplicação em todo o corpo

  • Câmara de frio
  • Imersão em gelo picado
  • Imersão em água fria
  • Etc.
     

A partir daqui, a aplicação pode ainda ser estática ou dinâmica, associada ou não a outras técnicas reabilitantes, como a massagem, pressoterapia ou alongamentos músculo-tendinosos.

Quais são os benefícios concretos da crioterapia depois de um treino?

A nível desportivo, este método é especialmente útil em três aspetos:

1.    Redução da inflamação em lesões traumáticas dos tecidos moles, diminuindo a probabilidade de formação de edemas, da hemorragia dos tecidos e da dor associada às lesões músculo-esqueléticas. 
2.    Aceleração da recuperação após o esforço físico, reduzindo a sensação de fadiga, potenciando o desempenho subsequente e reduzindo as dores musculares.
3.    Adicionalmente, tem vindo a ser provado – como já referimos, com alguma contestação – que o recurso a câmaras de frio antes do treino pode levar a picos de performance, além de reduzir a dor resultante dos exercícios.
 

Para que se perceba o porquê de tais resultados, importa explicar quais os efeitos biológicos deste arrefecimento dos tecidos:

  • Provoca a vasoconstrição, limitando o aparecimento de sangue nos tecidos e, consequentemente reduzindo eventuais edemas e hemorragias;
  • Leva à desaceleração do metabolismo celular, minimizando a destruição resultante de qualquer lesão;
  • Assegura um efeito analgésico, bloqueando os recetores responsáveis pela transmissão de dor.

A crioterapia tem alguma contraindicação?

Apesar de a maioria das pessoas poder recorrer a este método, a crioterapia deve ser evitada nas seguintes situações:

  • Zonas com isquemia – alteração da circulação sanguínea
  • Zonas particularmente sensíveis
  • Feridas abertas
  • Hipersensibilidade ao frio
  • Fenómeno de Raynaud
  • Patologia cardiovascular descompensada
 

Conclusão

Podemos afirmar que, quando combinada com outros métodos de recuperação adequados (noites bem dormidas, dieta equilibrada, alongamentos, etc.), a crioterapia é útil, eficaz e não apresenta efeitos secundários negativos. Esta é a opinião da maioria dos profissionais ligados ao mundo desportivo.

No entanto, tal como nas restantes terapias físicas, importa que se cumpram as necessárias medidas de segurança, recorrendo sempre a profissionais devidamente credenciados.

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